segunda-feira, 23 de maio de 2011

Energia e mineração

</blockquote>
Energia e mineração

As planícies da Escócia, as terras situadas a leste e a oeste da cadeia Penina, a zona que rodeia Manchester, Leeds e o sul de Gales apresentam extensos e amplos veios carboníferos, que, ao ritmo de exploração atingido no final do século XX, ainda continham reservas para vários séculos.
Nos primeiros anos do século XX, o carvão britânico era exportado para todo o mundo. Em 1913 chegaram-se a extrair mais de 300 milhões de toneladas, mas depois da primeira guerra mundial a produção passou a cair, ainda que lentamente, e as exportações baixaram de forma drástica, por serem os custos de extração bem maiores que os dos países concorrentes.

Modernamente, a disseminação do uso dos derivados do petróleo eliminou boa parte das aplicações do carvão (calefação, obtenção de gás encanado, transporte), que continua utilizado sobretudo para geração de energia elétrica em centrais térmicas e a produção de coque para a siderurgia. Numerosas minas foram fechadas, algumas por esgotamento e as demais por falta de rentabilidade, de forma que extensas áreas industriais e mineiras perderam a atividade, enquanto o número de mineiros empregados nos trabalhos de extração reduziu-se rapidamente, com os conseqüentes bolsões de desemprego e de conflitos sociais.

Até a década de 1970, apenas uma pequena quantidade de petróleo era obtida na região dos Midlands, e o Reino Unido tinha de importar grande quantidade do golfo Pérsico, da Nigéria e de outros países. Apesar disso, o consumo de carvão nacional diminuía progressivamente, devido aos baixos preços do petróleo. Na década de 1960 foram descobertas grandes jazidas de petróleo e gás natural no mar do Norte, boa parte delas no setor atribuído ao Reino Unido. Os elevados custos de exploração só tornaram rentáveis a extração de petróleo quando o preço mundial dos hidrocarbonetos, em 1973, repentinamente quadruplicou.
Dois anos mais tarde começou a exploração em grande escala das jazidas e, na década de 1980, o Reino Unido havia passado de importador a exportador de derivados de petróleo, de que se transformou num dos principais produtores do mundo. Mais próximas à costa britânica, algumas jazidas de gás natural da plataforma continental do mar do Norte começaram a ser exploradas em 1965. Gasodutos submarinos logo as uniram à Grã-Bretanha, que se cobriu de uma densa rede de oleodutos e gasodutos, entre as principais cidades e centros industriais.
O governo britânico foi um dos primeiros a se interessar pela energia nuclear. A primeira usina a entrar em operação foi a Calder Hall, conectada à rede de distribuição em 1956. Seguiram-se muitas outras, de tecnologia aperfeiçoada. Apesar de proporcionarem uma substancial parcela da eletricidade consumida no país, sua rentabilidade, no entanto, é problemática. A maior parte da eletricidade do Reino Unido continua a ser de geração térmica convencional, em sua quase totalidade de centrais construídas junto a minas. A energia hidrelétrica é bastante escassa.

Indústria


Indústria

No final do século XX, as principais indústrias tradicionais do Reino Unido, aquelas que constituíram a base de sua hegemonia econômica, estavam em crise. A siderurgia precisava importar a maior parte do minério de ferro e achava-se em plena reestruturação, após ser submetida a sucessivas estatizações e desestatizações pelos governos trabalhistas e conservadores. A construção naval achava-se em crise profunda e a indústria automobilística, na maior parte, estava controlada por capitais americanos.
A indústria aeronáutica associou-se, em muitos casos, à de outros países da Europa ocidental, sobretudo a França. A indústria mecânica e, sobretudo, a eletrônica encontram-se muito desenvolvidas. O setor químico acha-se concentrado em algumas poucas grandes empresas, e seu crescimento na segunda metade do século XX foi rápido, especialmente no campo da petroquímica.



É encabeçado pelo Banco da Inglaterra, fundado em 1694, e que foi entidade privada até sua estatização em 1946. Tem o monopólio de emissão de papel-moeda na Inglaterra e em Gales, e é o principal instrumento do governo para levar adiante sua política monetária e financeira. Atua como banqueiro do governo e dos outros bancos, inclusive de bancos centrais de outros países.
Um grande número de entidades financeiras de todos os tipos atua no Reino Unido, cujo cerne indiscutível é a City londrina, o núcleo central da cidade, onde têm seus escritórios as principais entidades, não somente bancárias como de seguros (encabeçadas pelo consórcio Lloyd's), companhias de navegação, a bolsa, diversos mercados financeiros e de matérias-primas, que fazem dela um dos maiores centros financeiros do mundo, ainda o primeiro deles em muitos campos.

A estrutura do comércio exterior britânico é própria de um país altamente industrializado. A maior parte das exportações compreende bens manufaturados, a que nas últimas décadas se acrescentaram os produtos petrolíferos que se dirigem aos países vizinhos. Parte significativa das importações compõe-se de alimentos e matérias-primas. Embora o Reino Unido mantenha relações comerciais com praticamente todos os países do mundo, na segunda metade do século XX foi espetacular o incremento dos intercâmbios com a Comunidade Econômica Européia, sobretudo a Alemanha. Fora da Europa, são os Estados Unidos o principal parceiro comercial do Reino Unido.

Revolução industrial


Revolução industrial
Antes que em qualquer outro país, produziu-se na Grã-Bretanha o fenômeno econômico que foi chamado de "revolução industrial" e que consistiu na passagem de uma forma de elaboração de bens artesanal e em pequena escala, próprio das sociedades antigas, para um processo de produção em massa com custos muito inferiores, característico dos tempos modernos. Ocorreram na Grã-Bretanha as condições ideais para que isso ocorresse, pois o capital acumulado pelo comércio em todo o mundo ficou nas mãos de classes altas e médias ainda muito influenciadas pelo puritanismo e que, em vez de malbaratá-lo ou investi-lo em bens suntuários, puderam aplicá-lo no sistema produtivo, para financiar os novos processos idealizados ao longo do século XVIII.
A escandalosa vida privada e a índole autoritária de Jorge IV, rei de 1820 a 1830, debilitaram o prestígio da monarquia. A falta de representatividade no Parlamento tornou-se insustentável, a miséria da crescente classe operária acentuou-se e somente as revoluções que em 1830 irromperam no continente mobilizaram a parte mais lúcida da minoria whig dirigente para empreender uma reforma das leis eleitorais, que se realizou em 1832.
Poucos anos antes haviam sido suspensas as restrições que pesavam sobre os católicos. A partir da reforma estiveram representadas no Parlamento, junto às classes altas, boa parte das classes médias, embora de modo algum os operários e camponeses, que constituíam a grande maioria da população. Foi nessa fase que os whigs começaram a denominar-se liberais, e os tories, conservadores. Guilherme IV, que reinou entre 1830 e 1837, embora pouco dotado de qualidades pessoais, prestou-se melhor que seu pai às reformas liberalizantes.

Cultura


Cultura
Poucos países têm legado ao acervo cultural da humanidade uma contribuição tão importante como a que proporcionaram os pensadores britânicos. Talentos como Thomas Hobbes, Thomas Moore e John Stuart Mill em ciências políticas, Adam Smith, David Ricardo, John Maynard Keynes em economia, e Francis Bacon, Isaac Newton, John Locke, George Berkeley, David Hume e Bertrand Russell na matemática, nas ciências e na filosofia, são só uma pequena parte da relação de pensadores universais que nasceram no Reino Unido. Geoffrey Chaucer, William Shakespeare, John Milton, Jonathan Swift e muitos outros fizeram da literatura britânica um dos maiores tesouros da cultura universal.

Agricultura, pecuária e pesca


Agricultura, pecuária e pesca

Nas últimas décadas do século XX, apenas uma pequena parte da população ativa britânica, inferior a dois por cento, estava empregada no setor agrícola, altamente mecanizado. O grande aumento de produtividade, experimentado desde o começo do século e superior ao da população, fez cair muito a dependência do Reino Unido, em matéria de alimentos, para com o comércio exterior, embora continuasse considerável.
Trigo, cevada, batata e beterraba açucareira são os principais produtos agrícolas, enquanto ovelhas, vacas, porcos e galinhas são criados em grandes quantidades e por processos de alta modernização tecnológica. O leite e seus derivados constituem um dos itens mais importantes da produção pecuária.

Ao longo de muitas décadas protegeu-se a agricultura para estimular-lhe o crescimento, com a subvenção de seus custos para baratear o produto final. Desde a entrada na Comunidade Econômica Européia, a política agrícola teve de se alinhar com a desta última, tendente a manter preços agrícolas artificialmente elevados, o que gerou numerosos atritos entre o Reino Unido e seus parceiros.
Os mares que circundam as ilhas Britânicas são ricos em pescado de variadas espécies, razão pela qual a atividade pesqueira do Reino Unido é significativa e de raízes tradicionais, principalmente na Escócia. A ameaça de superexploração levou a acordos internacionais para limitar as capturas em diversos setores marítimos, submetidos a estrito controle.

Aproximadamente 6,5% da superfície do Reino Unido estão cobertos de florestas. A produção madeireira, apesar do ativo reflorestamento, só cobre uma pequena proporção das necessidades domésticas, supridas, principalmente, por importações de países do norte da Europa, Canadá e diversos países tropicais.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Economia

Economia

O Reino Unido foi, no século XIX, líder indiscutível e centro da economia mundial. Ao longo do século XX, contudo, sua posição pouco a pouco declinou e sua importância econômica foi ultrapassada pela de um grupo de países que se industrializaram rapidamente e substituíram-no em diversos mercados.
O ingresso do Reino Unido na Comunidade Econômica Européia, em janeiro de 1973, teve como conseqüência um estímulo ainda maior do processo de concentração do comércio britânico com outros países da Europa ocidental, enquanto as relações econômicas com as antigas colônias sofreram progressivo esvaziamento.

Línguas


Línguas
Mais de um quarto da população de Gales pode expressar-se em galês, língua céltica majoritária nas áreas rurais. Outros idiomas célticos que sobrevivem, mas já em fase de desaparecimento, são o manquês (manx), falado por poucas pessoas na ilha de Man, e o gaélico escocês, que se refugiou nas ilhas mais afastadas. Também se perdeu quase totalmente o gaélico antigamente usado no norte da Irlanda.
O idioma inglês tem suas raízes nos dialetos germânicos utilizados por anglos, saxões e outros povos que invadiram a ilha no século V. Depois da conquista normanda desenvolveu-se na Inglaterra uma linguagem de estrutura anglo-saxônica e vocabulário em grande parte francês, já que este último idioma era falado pelos conquistadores normandos, convertidos em classe dominante. Dessa superposição provém o inglês moderno, que com o tempo se estendeu não só pelas ilhas Britânicas como pelas diversas dependências e colônias, inclusive como segunda língua fora da esfera cultural anglo-saxônica, até chegar a ser o idioma mais difundido no mundo.
Distribuição geográfica da população.
A população britânica é uma das mais urbanizadas do mundo. Mais de 90% dos britânicos habitam em cidades e, dos 10% que vivem nos núcleos considerados rurais, mais da metade trabalha também nas cidades. O fenômeno do êxodo rural no Reino Unido alcançou sua máxima intensidade ao longo do século XIX.
Boa parte do território britânico é pouco povoada: os planaltos da Escócia e as zonas montanhosas do norte da Inglaterra e de Gales contam-se entre as escassas áreas despovoadas da Europa ocidental. Pelo contrário, a população concentra-se em grandes aglomerados urbanos. A maioria dos habitantes da Escócia vive no vale central, na área de Glasgow e na vizinha Edimburgo. Dois terços da população galesa residem na bacia carbonífera e no vale de Glamorgan, em menos da décima parte da superfície. Quase a metade da população da Inglaterra habita nas aglomerações de Londres, Manchester, Leeds, Birmingham, Liverpool e Newcastle. Belfast concentra boa parte da população da Irlanda do Norte.
Uma eficaz política de ordenação territorial, posta em prática desde o fim da segunda guerra mundial, impôs o descongestionamento dos superpovoados centros urbanos e fez deslocar parte da população para cidades-satélites de criação recente ou para centros urbanos menores e preexistentes na periferia das grandes cidades. Por isso, a maior parte das grandes cidades aparentemente perdeu população nos últimos decênios, embora as grandes áreas urbanizadas se tenham estendido ainda mais.Ocupam boa parte da planície britânica intermináveis conjuntos de casas com jardim e pomar, de densidade bastante baixa, com grandes superfícies ajardinadas e geralmente servidas por um eficiente sistema de transportes públicos, em que predominam as soluções ferroviárias.

Movimentos migratórios

Movimentos migratórios
Durante muitas gerações o Reino Unido foi um importante país e emigração. A partir do início do século XX, vários milhões de britânicos emigraram para os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, principalmente, num movimento migratório contínuo. Entretanto, desde a década de 1930 ganhou força uma corrente imigratória para o Reino Unido, integrada principalmente por britânicos que regressavam dos domínios e colônias, mas também por europeus procedentes da Europa central, Itália, Irlanda e outros países.
Nos últimos anos da década de 1950 e primeiros da de 1960 produziu-se uma entrada considerável de imigrantes de cor, procedentes das Índias Ocidentais, Paquistão, Índia e outros países, que foi sentida como uma verdadeira "invasão" por parte de muitos britânicos. Como resultado aprovaram-se leis fortemente restritivas da imigração. Apesar disso, nas últimas décadas do século os negros e mestiços constituíam uma minoria importante nas grandes cidades, onde freqüentemente desempenhavam trabalhos recusados pela população autóctone. O fenômeno deu origem a focos de racismo e conflitos raciais.
As migrações internas, no Reino Unido, não são de grande envergadura. Ao longo de muitas décadas, porém, tem-se desenrolado uma característica corrente populacional no sentido norte-sul. No sul da Inglaterra são mais abundantes as indústrias de criação recente, dinâmicas, com oferta de empregos mais qualificados, assim como as oportunidades no setor terciário, o que motiva ininterrupto deslocamento da população em idade de trabalho, sobretudo na área da Grande Londres, o que aumenta paulatinamente seu peso populacional em relação ao conjunto do Reino Unido.
Ao mesmo tempo, boa parte da população aposentada deseja passar seus últimos anos em climas mais favoráveis, de maneira que se agrupa nas estações balneárias do canal da Mancha, como Brighton, e em boa parte procura países europeus mais ensolarados, como a Espanha, França ou Itália.

População


População
O Reino Unido é um dos países mais densamente povoados do mundo. Nos século XVII e XVIII, a população britânica experimentou um crescimento contínuo, por se atenuarem as epidemias, por manter-se alta a taxa de natalidade da sociedade tradicional e ainda por cair a taxa de mortalidade após a adoção de modernas técnicas de higiene. A revolução industrial -- e agrícola -- do século XVIII permitiu a alimentação adequada da crescente população, de modo que se deu no país, pela primeira vez, o fenômeno da explosão demográfica que caracterizou a transição de algumas sociedades para a modernidade.
No começo do século XX ainda se mantinham no Reino Unido taxas de natalidade relativamente altas (média de 1900-1917: 27 por mil), enquanto as de mortalidade haviam caído para menos de 16 por mil, então entre as mais baixas do mundo. A partir da primeira guerra mundial, contudo, a taxa de natalidade baixou drasticamente -- e mais ainda na década de 1930.
Pouco antes da segunda guerra mundial produziu-se uma elevação, mas em meados da década de 1960 começou a cair de novo, até ao ponto de, no começo da década de 1990, a taxa de natalidade aproximar-se bastante da taxa de mortalidade, que se mantinha quase constantemente por volta de 12 por mil. A expectativa de vida ao nascer, de 74 anos em média no início dessa década, era uma das mais altas do mundo. A população britânica, no final do século XX, era fundamentalmente madura, ou seja, os grupos de idades médias eram os mais numerosos.

Flora e fauna

Flora e fauna

A vegetação natural das ilhas Britânicas, formada principalmente por florestas de árvores caducifólias, com predominância de carvalhos, faias, freixos e olmos, reduziu-se, em grande parte, como conseqüência da exploração agropecuária. Assim, apenas uma pequena porção do território britânico é ocupada por reservas florestais, sobretudo no norte e no leste da Escócia e no sudeste da Inglaterra. Nos planaltos do norte, os solos são pobres e finos, e nos moors ou terras turfosas crescem e florescem urzes, gramíneas e tojos.
A fauna do Reino Unido, similar à do continente europeu, conquanto bem mais pobre em espécies, é protegida por leis severas, que regulamentam a caça. Ainda assim, restam-lhe poucas espécies de mamíferos, como os cervos (que só existem ainda na Escócia), lobos, raposas e coelhos.

Hidrografia


Hidrografia
Os rios britânicos são curtos, mas por causa do clima úmido relativamente volumosos, com moderadas enchentes de outono-inverno. Os maiores ocorrem nas baixas do sul: o Severn (290km) e o Tâmisa (338km) são os mais longos. O primeiro desemboca no interior do profundo canal de Bristol, aberto ao Atlântico, e o segundo abre-se em amplo estuário ao desembocar no mar do Norte. Outros rios dignos de nota são o Ouse, o Trent, o Tyne. Na Irlanda do Norte, o Bann e o Mourne. O relevo moderado e as grandes descargas facilitaram a abertura de canais que interligam os rios.
Em sua maioria, os rios são de escasso desnível, e muitos deles navegáveis em grande parte de seu curso. A larga plataforma continental provoca acentuadas correntes de maré, que limpam naturalmente os estuários, facilitando o acesso aos portos. Somente no Wash, na costa leste, ocorreu apreciável assoreamento, que permitiu a instalação de pôlderes na região de Fens. Os lagos são mais numerosos nos velhos maciços e originaram-se em vales de geleiras. Na Escócia, onde são chamados lochs, há muitos deles, de forma alongada. O maior, porém, o Lough Neagh, fica na Irlanda do Norte.

CLIMA

Clima
A característica dominante do clima no Reino Unido é sua grande dependência do oceano Atlântico. A corrente do Golfo leva enormes quantidades de água temperada tropical proveniente do golfo do México para as costas do oeste da Europa, que são assim beneficiadas por sua enorme contribuição calorífica. Os ventos dominantes do oeste acumulam sobre as ilhas Britânicas massas de ar temperado e úmido, que produzem chuvas abundantes nas encostas ocidentais das montanhas.
Embora as precipitações pluviais diminuam à medida que se avança para o sul e para o leste, até totalizarem pouco mais de 500mm sobre o estuário do Tâmisa, a atmosfera permanece úmida e brumosa na maior parte do ano. As chuvas distribuem-se por todas as estações, e a instabilidade atmosférica é constante. As temperaturas variam pouco ao longo do ano. Devido à influência oceânica, as médias oscilam, no inverno, entre 4°e 6°C, no norte e, no verão, entre 12°e 17°C no sul.
Embora no inverno caiam nevadas, em geral estas só apresentam certa importância nos planaltos da Escócia e nas maiores elevações. Nas planícies do sudeste, as temperaturas de verão permitem o cultivo de trigo, e as costas do canal desfrutam de clima relativamente ensolarado. Nas diversas partes das ilhas, os dias de nevoeiro variam entre 5 e 55 por ano. O outrora famoso fog londrino, que misturado à fumaça das fábricas constituía o smog, diminuiu muito, em decorrência das rigorosas medidas antipoluição.
Geologia e relevo
Somente as partes norte e oeste da Grã-Bretanha podem ser consideradas montanhosas; ainda assim, trata-se de maciços muito antigos, cujas formas arredondadas e aplainadas poucas vezes alcançaram mil metros de altura. O Ben Nevis, o pico mais alto do Reino Unido, situa-se no oeste da Escócia e tem 1.343m. Na Escócia, uma faixa de planícies (lowlands), em que se concentra a população, é dominada pelos planaltos (highlands), no norte, um maciço antigo escavado pelas geleiras quaternárias e cortado em dois pela profunda fenda de Glen More, que se estende de mar a mar na direção sudoeste-nordeste.
Ao sul de Glen More, os planaltos culminam nos montes Grampianos, que descem bruscamente em direção às planícies. Estas constituem o fundo de uma fossa tectônica pela qual o mar penetra profundamente, formando os estuários do Clyde (Firth of Clyde), a oeste, e o do Forth (Firth of Forth), a leste. Ao sul das planícies erguem-se os altiplanos do sul (southern uplands), que tradicionalmente separam a Escócia da Inglaterra.
A Inglaterra, em sua maior parte, é constituída de planícies. No norte, estende-se desde as fronteiras da Escócia a cadeia Penina e, no extremo noroeste, encontra-se o maciço de Cumberland que, submetido à ação das geleiras quaternárias, constitui a chamada área dos lagos (Lake District), e culmina no monte Scafell, com 978m. O extremo sudoeste da Inglaterra é uma região de colinas, que fazem ondular a península da Cornualha.
Onde os velhos maciços ou camadas das lowlands em saliência chegam diretamente ao litoral, erguem-se costas escarpadas, como as da Cornualha e as famosas "falésias brancas de Dover" (white cliffs of Dover). A fusão dos gelos, posterior à última glaciação, fez subir o nível do mar e afogou os baixos vales, dando origem a rias, como nos estuários do Tâmisa e do Severn (ou canal de Bristol). A costa oeste da Grã-Bretanha é muito mais recortada que a oriental; seus movimentados portos, no entanto, são protegidos dos ventos e tempestades vindos do Atlântico pelas reentrâncias do litoral, por golfos (como o mar da Irlanda) e por anteparos de ilhas, como a Irlanda, as Hébridas e a ilha de Man.
No oeste da Grã-Bretanha, o País de Gales é uma região de montanhas e colinas banhada pelo mar a oeste, norte e sul, e que se limita a leste com a planície inglesa. O monte Snowdon (1.085m) constitui seu ponto culminante.
A Irlanda do Norte, diante da costa da Escócia, apresenta uma estrutura geológica semelhante. Sua planície central estende-se em torno do Lough Neagh, o maior lago do Reino Unido, e é um prolongamento das planícies da Escócia.

Reino Unido


Reino Unido
A Grã-Bretanha é integrada por três países historicamente diferençados: a Escócia, que ocupa 78.783km2, no norte; o País de Gales, de 20.768km2, no oeste; e a Inglaterra, de 130.439km2, na parte central, oriental e meridional da ilha. Estão ainda unidas à coroa britânica a ilha de Man, no mar da Irlanda, e as ilhas Normandas, situadas junto à costa francesa.
No fim do século XX, o Reino Unido mantinha diversas dependências em todo o mundo: na Europa, Gibraltar (reclamada pela Espanha); na Ásia, Hong Kong (cuja cessão à China se realizaria, por acordo, em 1997); nas Antilhas, Anguilla, Bermudas, Montserrat, ilhas Virgens, ilhas Cayman e ilhas Turcas e Caicos; no Atlântico sul, ilhas Falkland (ou Malvinas, reclamadas pela Argentina) e ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha; no oceano Índico, o arquipélago de Chagos; e na Oceania, a ilha de Pitcairn. O país reclamava ainda soberania sobre uma parte da Antártica disputada pela Argentina e pelo Chile.

comidas tipicas da inglaterra

Culinária Inglesa
A culinária da Inglaterra foi formada pelo clima temperado daquele país, sua geografia e história, incluindo as diversas interações com outros países europeus e a importação de ingredientes e ideias de lugares como a América do Norte, China e Índia durante o período do Império Britânico, e como resultado da imigração ocorrida no período pós-guerra.
Desde a Idade Moderna a comida da Inglaterra vem sendo caracterizada historicamente pela simplicidade de seu enfoque e por apoiar-se na alta qualidade dos produtos locais. Isto foi influenciado em grande parte pela herança puritana da Inglaterra, o que resultou numa culinária tradicional, que tendia a se afastar de sabores fortes como o alho, e evitar molhos complexos, comumente associados com as afiliações políticas católicas continentais.[1]
Alguns dos pratos mais tradicionais têm origens antigas, como os pães e queijos locais, carnes assadas e guisados, tortas de carne de caça e peixes de água doce e salgada. O livro de culinária inglesa do século XIV, |Forme of Cury, da corte de Ricardo II, contém receitas de alguns destes pratos.
Outros pratos típicos, como o fish and chips, originalmente uma comida de rua urbana, servida num jornal e comida com sal e vinagre de malte, e tortas e salsichas e linguíças servidas com purê de batata, cebolas e molhos, têm atualmente a mesma popularidade que outros pratos de origem oriental, como curries da Índia e Bangladesh e frituras inspiradas pela culinária chinesa e tailandesa. As culinárias francesa e italiana, consideradas "suspeitas" há algum tempo, atualmente são amplamente admiradas e adaptadas na Inglaterra. A Grã-Bretanha também adotou rapidamente as inovações geradas pelo fast-food vindo dos Estados Unidos, e continua a absorver ideias culinárias de todo o mundo, enquanto redescobre ao mesmo tempo suas raízes numa agricultura rural sustentável

COMIDAS TIPICAS DO REINO UNIDO

 Comida Francesa. A culinária francesa é caracterizada por sua extrema diversidade. A comida francesa é considerada a de estilo mais elegante e refinado do mundo, e conhecida por seus estilos clássico e provençal. Muitos dos maiores chefs do mundo são mestres da cozinha francesa. Ainda, as técnicas francesas de cozinhar tem sido a grande influência em quase toda a culinária ocidental, e quase todas as escolas culinárias usam a comida francesa como base para todas as outras cozinhas ocidentais.

Diversidade da culinária francesa

Tradicionalmente cada região da França tem a sua culinária distinta:
Culinária do noroeste da França usa manteiga, creme (crème fraiche) e maçãs.
Culinária do sudeste da França usa óleo de oliva, ervas e tomates.
Culinária do sudoeste da França usa gordura de pato, foie gras, cogumelos (cèpes) e moela de ave.
Culinária do nordeste da França usa banha de porco, salsinha, cerveja e chucrute, sendo influenciada pela comida alemã.

Além dessas quatro áreas gerais, há muitas culinárias locais, como a do Vale Loire e a comida Basca.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

RELEVO

Somente as partes norte e oeste da Grã-Bretanha podem ser consideradas montanhosas; ainda assim, trata-se de maciços muito antigos, cujas formas arredondadas e aplainadas poucas vezes alcançaram mil metros de altura. O Ben Nevis, o pico mais alto do Reino Unido, situa-se no oeste da Escócia e tem 1.343m. Na Escócia, uma faixa de planícies (lowlands), em que se concentra a população, é dominada pelos planaltos (highlands), no norte, um maciço antigo escavado pelas geleiras quaternárias e cortado em dois pela profunda fenda de Glen More, que se estende de mar a mar na direção sudoeste-nordeste