segunda-feira, 23 de maio de 2011

Energia e mineração

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Energia e mineração

As planícies da Escócia, as terras situadas a leste e a oeste da cadeia Penina, a zona que rodeia Manchester, Leeds e o sul de Gales apresentam extensos e amplos veios carboníferos, que, ao ritmo de exploração atingido no final do século XX, ainda continham reservas para vários séculos.
Nos primeiros anos do século XX, o carvão britânico era exportado para todo o mundo. Em 1913 chegaram-se a extrair mais de 300 milhões de toneladas, mas depois da primeira guerra mundial a produção passou a cair, ainda que lentamente, e as exportações baixaram de forma drástica, por serem os custos de extração bem maiores que os dos países concorrentes.

Modernamente, a disseminação do uso dos derivados do petróleo eliminou boa parte das aplicações do carvão (calefação, obtenção de gás encanado, transporte), que continua utilizado sobretudo para geração de energia elétrica em centrais térmicas e a produção de coque para a siderurgia. Numerosas minas foram fechadas, algumas por esgotamento e as demais por falta de rentabilidade, de forma que extensas áreas industriais e mineiras perderam a atividade, enquanto o número de mineiros empregados nos trabalhos de extração reduziu-se rapidamente, com os conseqüentes bolsões de desemprego e de conflitos sociais.

Até a década de 1970, apenas uma pequena quantidade de petróleo era obtida na região dos Midlands, e o Reino Unido tinha de importar grande quantidade do golfo Pérsico, da Nigéria e de outros países. Apesar disso, o consumo de carvão nacional diminuía progressivamente, devido aos baixos preços do petróleo. Na década de 1960 foram descobertas grandes jazidas de petróleo e gás natural no mar do Norte, boa parte delas no setor atribuído ao Reino Unido. Os elevados custos de exploração só tornaram rentáveis a extração de petróleo quando o preço mundial dos hidrocarbonetos, em 1973, repentinamente quadruplicou.
Dois anos mais tarde começou a exploração em grande escala das jazidas e, na década de 1980, o Reino Unido havia passado de importador a exportador de derivados de petróleo, de que se transformou num dos principais produtores do mundo. Mais próximas à costa britânica, algumas jazidas de gás natural da plataforma continental do mar do Norte começaram a ser exploradas em 1965. Gasodutos submarinos logo as uniram à Grã-Bretanha, que se cobriu de uma densa rede de oleodutos e gasodutos, entre as principais cidades e centros industriais.
O governo britânico foi um dos primeiros a se interessar pela energia nuclear. A primeira usina a entrar em operação foi a Calder Hall, conectada à rede de distribuição em 1956. Seguiram-se muitas outras, de tecnologia aperfeiçoada. Apesar de proporcionarem uma substancial parcela da eletricidade consumida no país, sua rentabilidade, no entanto, é problemática. A maior parte da eletricidade do Reino Unido continua a ser de geração térmica convencional, em sua quase totalidade de centrais construídas junto a minas. A energia hidrelétrica é bastante escassa.

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