segunda-feira, 23 de maio de 2011

Revolução industrial


Revolução industrial
Antes que em qualquer outro país, produziu-se na Grã-Bretanha o fenômeno econômico que foi chamado de "revolução industrial" e que consistiu na passagem de uma forma de elaboração de bens artesanal e em pequena escala, próprio das sociedades antigas, para um processo de produção em massa com custos muito inferiores, característico dos tempos modernos. Ocorreram na Grã-Bretanha as condições ideais para que isso ocorresse, pois o capital acumulado pelo comércio em todo o mundo ficou nas mãos de classes altas e médias ainda muito influenciadas pelo puritanismo e que, em vez de malbaratá-lo ou investi-lo em bens suntuários, puderam aplicá-lo no sistema produtivo, para financiar os novos processos idealizados ao longo do século XVIII.
A escandalosa vida privada e a índole autoritária de Jorge IV, rei de 1820 a 1830, debilitaram o prestígio da monarquia. A falta de representatividade no Parlamento tornou-se insustentável, a miséria da crescente classe operária acentuou-se e somente as revoluções que em 1830 irromperam no continente mobilizaram a parte mais lúcida da minoria whig dirigente para empreender uma reforma das leis eleitorais, que se realizou em 1832.
Poucos anos antes haviam sido suspensas as restrições que pesavam sobre os católicos. A partir da reforma estiveram representadas no Parlamento, junto às classes altas, boa parte das classes médias, embora de modo algum os operários e camponeses, que constituíam a grande maioria da população. Foi nessa fase que os whigs começaram a denominar-se liberais, e os tories, conservadores. Guilherme IV, que reinou entre 1830 e 1837, embora pouco dotado de qualidades pessoais, prestou-se melhor que seu pai às reformas liberalizantes.

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